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Revolta árabe

Governo amplia ataques a rebeldes na Síria

Partidários do presidente sírio, Bashar Assad, usam bandeiras do Hezbollah em manifestação  na cidade de Latakia | Sana/AFP
Partidários do presidente sírio, Bashar Assad, usam bandeiras do Hezbollah em manifestação na cidade de Latakia (Foto: Sana/AFP)

Forças do governo sírio retomaram os ataques à cidade rebelde de Homs ontem e também avançaram sobre Idlib, perto da fronteira turca, aumentando a pressão contra opositores e desertores que combatem as Forças Arma­­ das. Pelo menos seis civis teriam sido mortos em Homs, segundo os ativistas.

Também ontem, foi divulgado um vídeo com o líder da rede terrorista Al-Qaeda, o egípcio Ay­­man al-Zawahiri, pedindo a derrubada do "pernicioso e cancerígeno" governo sírio. A oposição síria, contudo, descartou ligações com a rede extremista.

O governo do presidente Ba­­shar Assad acusa há 11 meses, quando começou a rebelião em Deraa, que é ameaçado por "gangues e terroristas".

Tropas ligadas a Assad têm atacado Homs há mais de uma semana com o objetivo de retomar bairros da cidade, a terceira maior da síria, capturadas por forças da oposição e desertores. Acredita-se que centenas de pessoas tenham morrido desde sábado. As condições humanitárias na cidade têm piorado.

Com o impasse dos esforços diplomáticos, o conflito na Síria está tomando a dimensão de uma guerra civil, com desertores en­­trando em confrontos quase diários com soldados regulares do Exército.

A Alta Comissária para Direi­­tos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, advertiu na segunda-feira que o fracasso do Conselho de Seguran­­ça em tomar uma atitude encorajou o governo sírio a lançar um grande ataque com força total. O levante teve início em março do ano passado com a realização de protestos majoritariamente pacíficos contra o governo autoritário de Assad, mas se tornou mais militarizado em razão da brutal repressão militar. Pillay disse à Assembleia Geral da ONU que mais de 5.400 pessoas foram mortas apenas no ano passado e que os número de mortos e feridos continua a subir diariamente.

Ela afirmou que dezenas de milhares de pessoas, dentre elas crianças, têm sido detidas e que mais de 18 mil ainda estão arbitrariamente presas, enquanto outras milhares estão desaparecidas. Além disso, acredita-se que 25 mil tenham buscado refúgio em países vizinhos e que mais de 70 mil estejam desabrigados no interior do país.

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