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"Decisão lógica"

Governo argentino minimiza decisão de Trump de dar prioridade a Brasil na OCDE

Felipe Solá, ministro das Relações Exteriores da Argentina
Ministro das Relações Exteriores da Argentina, Felipe Solá: ingressar na OCDE hoje traria à Argentina mais complicações do que benefícios (Foto: Reprodução/Instagram)

A Argentina minimizou a decisão do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, de privilegiar o Brasil no apoio à entrada do País na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ao jornal La Nación, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina tratou a iniciativa dos Estados Unidos como uma "decisão lógica" pela proximidade entre o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e Trump. "Bolsonaro é um trumpista de primeira hora, e é totalmente lógico que o Brasil agora ocupe este lugar. Para nós, ingressar na OCDE hoje traria mais complicações do que benefícios", disse a pasta ao veículo argentino.

A priorização do Brasil foi celebrada por Bolsonaro, para quem a decisão dos americanos ajuda a mostrar ao mundo "que o Brasil é um país viável". Nesta quarta-feira, 15, Bolsonaro também disse que o País está "bem adiantado, na frente da Argentina" quanto aos requisitos necessários para o ingresso na OCDE.

Em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do governo Bolsonaro, Marcos Troyjo, falou em "aproximação estratégica" entre os presidentes americano e brasileiro, e disse que a Argentina perdeu a preferência americana por suas "sinalizações de política pública que parecem se afastar dos princípios que são preconizados pela OCDE".

Segunda economia da América do Sul e um dos principais parceiros comerciais do Brasil, a Argentina começou a perder a preferência dos EUA para a entrada na OCDE quando o peronista Alberto Fernández derrotou Maurício Macri na corrida presidencial, ainda em 2019. Nas eleições anteriores, Macri, que tinha uma plataforma mais pró-mercado, havia conquistado a presidência e imposto uma derrota ao grupo político da ex-presidente Cristina Kirchner, que agora é vice de Fernández.

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