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O presidente da Argentina, Javier Milei, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, em janeiro de 2024.
O presidente da Argentina, Javier Milei| Foto: Gian Ehrenzeller/EFE/EPA

O governo da Argentina, presidido pelo economista Javier Milei, disse nesta quinta-feira (25) que a greve geral das organizações sindicais peronistas que ocorreu nesta quarta-feira (24) no país registrou uma adesão muito baixa e não afetou a normalidade da vida comercial.

Em sua coletiva de imprensa após a reunião do gabinete de ministros, que aconteceu nesta quinta na Casa Rosada, o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, estimou em 40 mil o número de pessoas que se mobilizaram em frente ao Congresso Nacional, em Buenos Aires, o mesmo dado que a ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, havia fornecido na véspera da mobilização.

“Destacamos o funcionamento do protocolo [de segurança], as denúncias e agradecemos aos milhões de argentinos que confiaram em nós e não aderiram a essa greve, que representou 0,19% dos trabalhadores”, disse Adorni sobre a primeira greve geral convocada na Argentina desde 2019.

Diferente dos números oferecidos pelo Executivo, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal central sindical do país e organizadora da greve geral, que também é ligada ao peronismo, calculou que 1,5 milhão de pessoas se mobilizaram em todo o país, sendo que 600 mil em Buenos Aires.

Já a Polícia Municipal de Buenos Aires falou em 130 mil participantes.

“Foi um dia praticamente normal, a mobilização durou três horas e o transporte funcionou normalmente até as 19h”, destacou Adorni.

Na reunião desta quinta, o governo de Milei analisou a greve geral e concluiu que ela teve um carácter político e não “emergiu dos trabalhadores”. A mobilização desta quarta-feira contou com a presença de representantes políticos da oposição peronista e de esquerda.

Não é a primeira vez que a Argentina enfrenta uma greve geral durante um governo que defende pautas liberais. Na gestão de Mauricio Macri (2015-2019), foram cinco. Já na presidência do peronista Alberto Fernández (2019-2023), que terminou com uma inflação anual de 211,4% e 40% da população na pobreza, nenhuma foi convocada.

“Evidentemente uma minoria ainda não consegue metabolizar o resultado da eleição [...] Entendemos que estas questões são espasmos de uma casta sindical que está em retirada", declarou Adorni. (Com Agência EFE)

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