Argentinos protestam no centro de Buenos Aires em 9 de julho, data em que a Argentina comemora sua independência. Demandas políticas e econômicas têm aumentado as manifestações no país| Foto: EFE/ Demian Alday Estevez
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O governo da Argentina pediu nesta quarta-feira para que os jovens não abandonem o país e que não "baixem os braços" apesar da crise econômica que o país atravessa desde 2018, com alta inflação e uma pobreza que já alcança mais de 40% da população.

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"Não se vão, a Argentina está começando a virar a página, não só da pandemia, mas também da desilusão e do desespero do último governo (de Mauricio Macri). Não saiam e não desistam", disse o chefe do Gabinete de Ministros, Santiago Cafiero, a um público majoritariamente jovem durante a apresentação do programa "Te sumo", que promove a inserção de jovens em pequenas e médias empresas.

Em tom de campanha e ao lado de pré-candidatos às eleições legislativas de meio de mandato, Cafiero defendeu a atuação do governo argentino no combate à pandemia. O programa anunciado hoje mira os jovens, um dos grupos mais desinteressados pelas próximas eleições na Argentina e que mais preocupam o governo de Alberto Fernández.

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Cafiero destacou que as taxas de emprego e de produção estão aumentando após as restrições adotadas para conter a pandemia de Covid-19, e citou como exemplo a taxa de investimento, que, de acordo com dados oficiais, aumentou 14% no primeiro trimestre.

"Já começamos a avançar da crise da pandemia, da crise do emprego gerada pelo fechamento para as políticas de cuidado. Isso aconteceu no mundo todo e aqui também. Já estamos avançando, os níveis de emprego e de produção já estão excedendo os de 2019", acrescentou.

Segundo Cafiero, o objetivo do governo argentino é gerar "ferramentas para que os jovens tenham oportunidades". "Disseram a mim que na Argentina, se você fizesse um esforço e se capacitasse, conseguiria um emprego, e isso não está acontecendo", comentou.

O programa "Te sumo" ("Te incluo", em tradução livre) visa promover o emprego de jovens com idades de 18 a 24 anos em pequenas e médias empresas, que se beneficiarão de uma redução tributária e receberão apoio financeiro do Estado para o pagamento de salários durante os primeiros 12 meses após a contratação dos jovens.