Número de pobres na Argentina tem aumentado e a situação tende a piorar, aponta relatório.| Foto: Cézaro De Luca/Efe

O governo da Argentina, que não revela números sobre a pobreza no país desde 2013, acusou de mentirosos, na última sexta-feira (17), os autores de um relatório que assegura que um em cada quatro argentinos é pobre e que a situação só piora. “O que dizem é uma mentira como tantos que revelam números para se instalar no meio da discussão. Que sentido tem discutirmos isso? É zero seriedade, zero importância”, sustentou o chefe de Gabinete do governo argentino, Aníbal Fernández.

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1 em cada 4

argentinos é pobre, de acordo com relatório elaborado pela associação ATE-Indec.

Os números foram publicados pelo jornal La Nación, que diz que o número de pessoas em situação de pobreza aumentou 4,4 pontos desde o fim de 2013. No entanto, na progressão de 2014, a pobreza caiu quatro décimos no último semestre em relação aos primeiros seis meses do ano.

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O estudo foi elaborado por trabalhadores associados no sindicato ATE-Indec (Associação de Trabalhadores do Estado Indec), que continuam sendo empregados do Instituto, mas foram deslocados da elaboração de enquetes em 2007 e protestam contra suposta manipulação dos dados. O Indec deixou de publicar os dados oficiais de pobreza há mais de um ano porque ocorreu uma introdução de mudanças metodológicas na medição de outros indicadores. Isso produziu um problema de "ligação" entre os números antigos e os novos, segundo do então chefe de Gabinete do governo, Jorge Capitanich.