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Acordo preliminar entre governo e oposição garantiu a retomada do controle da rede de gasodutos | Ivan Alvarado / Reuters
Acordo preliminar entre governo e oposição garantiu a retomada do controle da rede de gasodutos| Foto: Ivan Alvarado / Reuters

O governo da Bolívia disse nesta quarta-feira (17) que retomou o controle completo de sua rede de gasodutos, depois de seis dias de ocupação por manifestantes da oposição, e afirmou que espera duplicar o fornecimento de gás natural para a Argentina a partir da próxima sexta-feira (19).

Uma usina de processamento de gás natural e gás liquefeito e uma estação de controle e fornecimento na região do Chaco foram desocupadas pelos manifestantes na madrugada de quinta-feira, depois que foi firmado um acordo preliminar entre governo e oposição.

"Hoje foi reaberto o gasoduto para a Argentina e o fornecimento completo será atingido na sexta-feira", disse nota do Ministério de Hidrocarbonetos.

O comunicado acrescentou que o fornecimento para a Argentina, que se manteve entre 1,2 e 1,3 milhão de metros cúbicos diários durante os protestos, aumentará a partir de sexta-feira para pelo menos 2,0 milhões de metros cúbicos por dia.

Entretanto, as exportações para o Brasil permaneciam em cerca de 30 milhões de metros cúbicos por dia, volume comprometido depois de uma interrupção passageira que foi consequência dos danos causados por manifestantes a um gasoduto interno.

O fornecimento para o Brasil pode crescer ligeiramente quando concluído o conserto de um duto danificado no Chaco, o que acontecerá provavelmente dentro de uma semana, segundo planos oficiais.

As tomadas de gasodutos e de prédios públicos no Chaco e em várias cidades de terras baixas foram parte de uma onda de protestos da oposição, contrária aos planos sociais do presidente Morales.

Os protestos foram suspensos após o estabelecimento de um acordo para abrir um diálogo nacional, na terça-feira.

As exportações de gás para a Argentina e o Brasil, que alcançariam neste ano mais de 2 bilhões de dólares, são a principal fonte de rendas da Bolívia.

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