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O premiê do Reino Unido, Rishi Sunak, espera na sede do governo inglês o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, com quem teria um encontro bilateral em Downing Street, em Londres, na segunda-feira (19).
O premiê do Reino Unido, Rishi Sunak, espera na sede do governo inglês o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, com quem teria um encontro bilateral em Downing Street, em Londres, na segunda-feira (19).| Foto: EFE/EPA/NEIL HALL

O governo britânico afirmou, na terça-feira (27), que "aumentarão os danos à sociedade" se não agir "decisivamente" para reduzir a chegada de migrantes por vias ilegais, defendendo seu plano de enviar para Ruanda, país na África oriental, possíveis solicitantes de asilo.

O secretário de Estado de Imigração, Robert Jenrick, compareceu à Câmara dos Comuns para responder a uma pergunta urgente do Partido Trabalhista, que questionava a viabilidade e o custo da estratégia do governo.

“Os volumes e custos associados à migração ilegal aumentaram exponencialmente, impulsionados pela chegada de pequenas embarcações” pelo Canal da Mancha, que separa a França da Inglaterra, declarou o político.

“A menos que ajamos de forma decisiva para parar esses barcos, o custo para o contribuinte e os danos para a sociedade continuarão crescendo”, acrescentou.

Jenrick disse que, de acordo com a "avaliação de impacto" do plano de Ruanda publicada na segunda (26) pelo Ministério do Interior, os custos de hospedar "migrantes ilegais" enquanto seus pedidos de asilo são processados se multiplicaram desde 2020 e, se a tendência seguir, podem chegar a 11 bilhões de libras anuais em 2026 (cerca de 12,8 bilhões de euros).

Jenrick argumentou no parlamento britânico que com a aprovação do projeto de lei sobre Migração Ilegal, o número de pessoas que tentam migrar ilegalmente para o Reino Unido cairia em 2%. O projeto contempla o envio de potenciais refugiados a países terceiros para processarem seu caso, o que acabaria, de acordo com o Jenrick, desencorajando algumas pessoas a tentar migrar ilegalmente para o país.

"A avaliação de impacto publicada ontem deixa claro que a inação não é uma opção", acrescentou.

No entanto, a porta-voz de Imigração trabalhista, Yvette Cooper, qualificou o relatório do Interior como "lixo" e a intervenção do secretário de Estado como "ainda menos coerente".

Yvette Cooper destacou que, segundo esta “avaliação”, o custo da deportação para o Ruanda será de 169 mil libras por pessoa (cerca de 195 mil euros), o que, com base nas chegadas nos 12 meses até março, somaria mais de 12 bilhões de libras (13,95 bilhões de euros) por ano, bem acima dos 3,6 bilhões (cerca de 4,2 bilhões de euros) investidos no sistema de processamento no Reino Unido.

O Parlamento britânico analisa neste momento o projeto de lei, enquanto o governo aguarda um parecer nos próximos dias da Justiça britânica sobre a legalidade de seu plano, depois de em junho de 2022 o Tribunal Europeu de direitos humanos ter impedido a decolagem do primeiro voo com imigrantes para Kigali, capital de Ruanda.

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