O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, revelou nesta segunda-feira (25) os novos planos de seu governo para controlar a imigração, que dificultarão o acesso de estrangeiros ao seguro desemprego, à saúde e às ajudas para adquirir imóveis.
Em discurso pronunciado na cidade de Ipswich, o chefe do Executivo anunciou que a partir de 2014 serão endurecidas as regras para os imigrantes que solicitarem seguro desemprego.
De acordo com os novos planos, os estrangeiros terão com um prazo de seis meses para poder pedir o seguro desemprego e podem perder esse subsídio se demonstrarem que não estão buscando trabalho.
Cameron lamentou o "enfoque brando" adotado até o momento pelo país em relação à imigração e disse que as novas medidas têm como objetivo assegurar que os estrangeiros venham para o Reino Unido "pelos motivos adequados".
O dirigente conservador também anunciou que perseguirá a imigração ilegal e que dobrará as multas, para até 20 mil libras, para as empresas que oferecerem emprego para estrangeiros em situação irregular. Além disso, as pessoas que alugarem propriedades para imigrantes ilegais serão punidas.
O Executivo planeja introduzir as medidas antes da eliminação da entrada de imigrantes da Romênia e da Bulgária em 2014, quando as autoridades estimam que 13 mil moradores destes países entrem no Reino Unido.
A Romênia e a Bulgária ingressaram na União Europeia (UE) em 2007, mas foi acertado que sua população teria acesso restringido ao mercado de trabalho do Reino Unido até o ano que vem.
Outras medidas anunciadas pelo líder conservador contemplam eliminar o acesso imediato dos imigrantes com poucos recursos a residências financiadas pelo Estado. Os estrangeiros nesta situação deverão esperar pelo menos dois anos antes dos governos regionais decidirem se concedem os imóveis.
Além disso, em relação ao acesso gratuito dos imigrantes ao serviço de saúde pública, Cameron disse que "quando as pessoas vem para cá de forma legítima, é correto que possam usá-lo, mas devemos ser claros que temos um serviço de saúde nacional gratuito, não temos um serviço internacional gratuito".