Caracas Desta vez sem protestos significativos, a emissora oposicionista RCTV deve ser novamente tirada do ar às 23h59 de hoje pelo governo Hugo Chávez, após 16 dias de transmissão por assinatura.
Depois de não renovar a concessão para sinal aberto, vencida em maio, o governo Chávez agora exige que a RCTV se registre como "produtora nacional'', para obrigar o canal a transmitir os quase semanais pronunciamentos do presidente, além da propaganda oficial, algo que a emissora vinha se recusando a fazer. O prazo expira hoje.
A emissora, que agora se apresenta como RCTV internacional, disse que sua sede é em Miami (EUA) e que transmite para outros três países. Portanto deveria ter o tratamento dado a canais internacionais como a CNN. Ao contrário de maio, quando o fim das transmissões provocou onda de protestos, não há mobilização até agora.
Na segunda-feira, o governo Chávez elogiou a decisão da Suprema Corte que proibiu os jornais "El Luchador'' e "El Progreso'' de publicarem fotos de vítimas de crimes violentos. A Corte não especificou que imagens seguem permitidas, e a medida não é extensiva. Para o diretor de "El Progreso'', Carlos Mejias, o governo não quer noticiar a violência.