A coalizão de três partidos da República Checa deve deixar o poder, após fracassar em uma moção de censura votada no Parlamento nesta terça-feira. A moção tratava do modo como a administração tem lidado com a crise econômica. Trata-se de um grande embaraço para o primeiro-ministro Mirek Topolanek, pois a decisão ocorre dias antes de o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitar Praga, na semana que vem. Obama deve manter conversas com funcionários checos e da União Europeia.

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A República Checa está no meio de seu mandato à frente da presidência rotativa da União Europeia. A moção foi aprovada por 101 votos a 96 na Câmara dos Deputados, com três abstenções. Foi a primeira vez que um governo foi derrubado no país desde a divisão da ex-Checoslováquia, em 1993.

Com o resultado, o gabinete deve agora renunciar. Não estava ainda claro quem seria escolhido pelo presidente Vaclav Klaus para formar um novo governo. Caso três tentativas de formar uma nova coalizão fracassem, as eleições devem ser adiantadas. "Eu respeito a votação e agirei conforme a Constituição", afirmou brevemente Topolanek após o resultado. Seu governo assumiu em janeiro de 2007, encerrando meses de difíceis negociações políticas, após as eleições gerais de 2006 dividirem a Câmara dos Deputados ao meio. "O governo teve o que mereceu", comemorou o ex-primeiro-ministro Jiri Paroubek, atualmente presidente do Partido Social-Democrata.

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