Ouça este conteúdo
O Partido Comunista Chinês (PCC), liderado pelo ditador Xi Jinping, aumentou a repressão contra a religião no país, com o banimento em série de igrejas em todo o território da China.
O caso mais recente divulgado pela ONG ChinaAid, que denuncia imposições do governo contra a minoria cristã no país asiático, foi o de uma comunidade localizada na província de Guangdong, que teve o imóvel fechado por "práticas ilegais".
Segundo o Departamento de Assuntos Civis da cidade de Guangzhou, a organização não estava registrada no sistema do governo, questão que impossibilita seu funcionamento como igreja.
Em um comunicado, o órgão chinês afirmou que “após investigação, foi verificado que a igreja realizou atividades não autorizadas em nome de uma organização social, por isso enquadra-se na categoria de organização social ilegal. Depois de investigar, foi decidido o seu banimento”.
De acordo com a ONG, a liderança da comunidade religiosa se recusou a aderir ao Movimento Patriótico das Três Autonomias, sancionado pelo governo de Xi Jinping, em 2021, durante a Conferência Nacional do PCC.
A medida obriga as igrejas de toda a China a aderirem ao movimento, que é baseado nos princípios de autonomia, autossuficiência e propagação do comunismo.
Desde a implementação dos novos “Regulamentos sobre Assuntos Religiosos”, a polícia interrompeu à força diversas reuniões dominicais da igreja nos últimos anos. O pastor Huang foi repetidamente detido e convocado a falar em interrogatório.
A igreja banida possui seis filiais em todo o território chinês, sendo que cinco delas foram invadidas, simultaneamente, nos últimos meses, e líderes religiosos foram levados a interrogatórios.
Uma operação conjunta foi realizada pelo gabinete de emergência, em julho, na qual o gabinete geral, o departamento de assuntos religiosos, o departamento de segurança pública e o corpo de bombeiros de Guangzhou dispersaram os membros da igreja e suspenderam o culto. Dias depois, a eletricidade foi cortada na casa do pastor Huang Xiaoning.
Desde a chegada do ditador Xi Jinping no governo da China, em 2012, a tolerância em relação ao cristianismo diminuiu significativamente e os cristãos enfrentam constante repressão.