O presidente chinês Hu Jintao lançou na segunda-feira uma campanha que livrará a internet, cada vez mais popular na China, de conteúdo "doentio" e que fará da rede mundial de computadores uma plataforma para difundir a doutrina do Partido Comunista, informou uma estação estatal de TV do país.
Sob o comando de Hu, o conselho de 24 membros que controla o do Partido Comunista discutiu a operação de limpeza da internet, informou a TV estatal. A reunião prometeu impor controles mais firmes sobre a web.
"O desenvolvimento e a administração da cultura de internet deve se apegar à direção da cultura socialista avançada, aderir às orientações de propaganda corretas", de acordo com um resumo da reunião lido durante um jornal televisivo.
A reunião esteve longe de representar a primeira tentativa das autoridades da China para controlar a internet. Em janeiro, Hu fez um apelo semelhante pela "purificação" da rede e antes disso, muitos outros apelos já haviam sido divulgados.
Mas o anúncio indica que Hu deseja controles ainda mais firmes, enquanto se prepara para superar uma série de obstáculos políticos e se esforça por governar uma geração de jovens chineses para quem a revolução socialista de Mao Tse-Tung é uma aula de História não muito conhecida.
"Consolidar o status do marxismo como guia na esfera ideológica", pediu a reunião do partido, ao encorajar mais educação marxista na internet.
Em 2006, o número de usuários de Internet da China cresceu em 26 milhões, ou 23,4%, ante o ano anterior, e atingiu os 137 milhões, estimaram as autoridades do país.
O governo de partido único já emprega um vasto sistema de filtros e de censura que bloqueia a maior parte dos internautas do país de acessar sites de opinião e notícias que não são aprovados. Mas mesmo na China, notícias de crimes promovidos por autoridades e opiniões políticas viajam rápido por meio de blogs criados por internautas do país.
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