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Governo colombiano e o Estado-Maior Central, principal dissidência das extintas Farc, concordaram em estabelecer uma mesa de diálogo em data e local ainda a definir, mas que significará também o início de um novo cessar-fogo
Governo colombiano e o Estado-Maior Central, principal dissidência das extintas Farc, concordaram em estabelecer uma mesa de diálogo em data e local ainda a definir, mas que significará também o início de um novo cessar-fogo| Foto: EFE/ Alto Comisionado para la Paz

O governo da Colômbia e o Estado-Maior Central (EMC), principal dissidência do extinto grupo guerrilheiro das Farc, concordaram em estabelecer uma mesa de diálogo em data e local ainda a definir.

Mesmo sem a agenda concreta, o acordo também significará o início de um novo cessar-fogo, segundo anunciaram as duas partes após reunião uma reunião realizada no departamento de Cauca.

“A delegação do Governo Nacional em nome do Estado Colombiano e do Estado-Maior Central das FARC-EP, no desenvolvimento da fase preliminar, instalaremos a Mesa de Diálogo com toda a sua arquitetura jurídica e política, e a presença da comunidade internacional como fiadores e acompanhantes", anunciaram em um comunicado conjunto.

O acordo foi alcançado em uma zona rural do município de Suárez (Cauca), onde as duas delegações se reúnem desde quinta-feira (31) para traçar o caminho para esta mesa de diálogo.

As duas partes voltarão a reunir-se no próximo dia 17 para "avaliar, acompanhar e ajustar os compromissos assumidos para construir confiança e anunciar a data de instalação da mesa de diálogos de paz”.

Cessar-fogo anterior foi interrompido por ação violenta de dissidentes das FARC

Este é o segundo anúncio desse tipo feito pelas duas partes. Em abril, após um encontro com os camponeses da planície Yarí, no departamento de Caquetá, as dissidências tinham marcado uma data para iniciar os diálogos, que nunca se concretizaram.

Os esforços de paz foram abalados com a ação violenta do grupo de dissidentes das Farc, que incluiu o assassinato de quatro crianças indígenas.

Este assassinato fez com que o governo colombiano rompesse o cessar-fogo bilateral estabelecido desde janeiro em quatro departamentos. Desde então, a EMC reforçou as suas ações violentas, especialmente contra as forças públicas no sudoeste do país.

Agora as duas delegações tentam buscar como acordar um cessar-fogo bilateral e também estabelecer “protocolos de respeito à população” que contem com mecanismos de controle e que possam ser assinados quando a mesa for instalada.

“O cessar-fogo bilateral terá como objetivo reduzir o confronto e a violência, aplicação do Direito Internacional Humanitário (DIH)” bem como ações que permitam a participação da sociedade nos diálogos, minimizem os riscos para a população civil e para os membros das duas partes.

Apesar da tentativa de paz, as partes afirmam que “se reservam seu direito legítimo à defesa e manterão suas próprias medidas de segurança e ações necessárias como parte do respeito ao DIH”, afirma o comunicado.

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