O governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) iniciaram neste domingo (28), em Havana, a décima segunda rodada de conversações, na qual vão discutir a participação política da guerrilha na sequência de um eventual acordo de paz. Os delegados do governo, liderados pelo ex-vice-presidente Humberto De la Calle, partiram neste sábado (27) de Bogotá rumo à ilha, onde os representantes das Farc permanecem desde o início das negociações, em novembro do ano passado. A retomada das conversações estava prevista inicialmente para o dia 22, mas atrasou-se por causa de assuntos pessoais de Humberto De la Calle.

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Além disso, na quinta-feira (25), o alto-comissário para a Paz, Sergio Jaramillo, um dos negociadores do governo cubano, teve de comparecer a uma audiência sobre o quadro jurídico para a paz no Tribunal Constitucional.

Na rodada que se inicia neste domingo, a participação política da guerrilha é um dos pontos da agenda a ser discutida entre o governo e as Farc. No final da negociação anterior, realizada dia 9, foi emitido comunicado conjunto indicando avanços na discussão sobre "as garantias para o exercício da oposição como um elemento essencial para construção de um acordo final" que garanta as bases da paz.

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O governo e as Farc trocaram propostas sobre os direitos humanos e as garantias políticas para movimentos que possam surgir após o um acordo definitivo de paz e sobre o acesso por parte dos meios de comunicação.

Apesar do otimismo com que foi dado como concluído o ciclo de diálogo anterior, a interrupção do processo durante cerca de três semanas não ficou isenta de polêmicas por causa de várias ações da guerrilha. Uma delas foi no último dia 20, Dia da Independência, quando as Farc mataram durante confrontos 19 soldados em vários pontos do país. Além disso, a guerrilha mantém refém, desde 20 de junho, um ex-soldado norte-americano que, conforme versões oficiais, fazia turismo em uma zona remota quando caiu no poder das Farc.