O governo colombiano afirmou nesta sexta-feira (17) que os violentos protestos indígenas registrados no sul do país, somados a greves recentes, fazem parte de um plano da oposição para desestabilizar a administração do presidente Alvaro Uribe.
O ministro da Proteção Social, Diego Palacio, disse que foi detectado que por trás dos problemas trabalhistas e dos protestos existe uma estratégia de oposição política.
"Nos preocupa, no entanto, que em alguns destes movimentos foram encontrados indícios claros e suficientes que permitem mostrar que além da inconformidade há um interesse que busca desestabilizar, confrontar e fazer oposição ao governo nacional", afirmou.
Além dos protestos indígenas no departamento de Cauca, que têm o objetivo de pressionar o governo por uma reforma agrária, houve uma greve dos trabalhadores de plantações de cana-de-açúcar no sudoeste do país.
"Mais do que um problema trabalhista, como tem se tentado disfarçar, o que temos é um mecanismo de oposição política ao governo", disse Palacio, que não revelou nomes de dirigentes políticos nem de partidos que estariam promovendo os protestos e a desestabilização.
Em meio aos protestos, milhares de indígenas bloquearam em várias ocasiões a Rodovia Panamericana, que permite a comunicação entre o sudoeste e o centro da Colômbia. Armados de pedras e garrotes, eles enfrentaram a Polícia e o Exército.
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