O governo boliviano deve nomear hoje os diretores das três empresas de petróleo nacionalizadas na semana passada, que deixaram de ser controladas pela espanhola Repsol, pela British Petroleum e Enron e pela Shell, informaram fontes oficiais.
Em entrevista à radio Erbol, o presidente da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Jorge Alvarado, afirmou que a partir desta semana o governo vai começar a reorganizar o setor energético de acordo com o decreto do presidente Evo Morales, que outorga à YPFB 50% mais uma das ações de cinco companhias.
As firmas afetadas são a Chaco, da britânica British Petroleum; Andina, da hispano-argentina Repsol YPF, e Transredes, da anglo-holandesa Shell, em associação com a Enron americana. Além da Petrobrás Bolivia Refinanciación, da estatal brasileira e da Compañía Logística de Hidrocarburos da Bolívia.
Chaco, Andina e Transredes terão seus diretores indicados hoje. As três eram dirigidas pelas multinacionais, que tinham metade da participação acionária e o apoio dos sócios minoritários.
O resto das ações correspondia a um depósito especial denominado Fundo de Capitalização Colectiva (FCC), gerido pelos fundos de pensão em nome de cidadãos bolivianos.
No caso da Andina e da Chaco, o governo Morales nacionalizou 3% das ações, já que o FCC representava 48% do total. No caso da Transredes, o governo nacionalizou 17% do total das ações, uma vez que o FCC tinha somente 34%.
A situação da Petrobras Bolivia Refinanciación e da Compañía Logística de Hidrocarburos da Bolivia é diferente. A Bolívia não tinha ações em nenhuma das duas companhias.