A Alemanha afirmou neste domingo (17) que as “pseudo-eleições” presidenciais na Rússia carecem das características de pleitos democráticos e que o voto nos territórios ucranianos ocupados não tem validade.
“As pseudo-eleições na Rússia não são livres nem justas, o resultado não surpreende ninguém”, escreveu o Ministério das Relações Exteriores alemão em sua conta na rede social X, na qual presume que o atual presidente russo, Vladimir Putin, será eleito para um quinto mandato.
“O governo de Putin é autoritário, baseia-se na censura, na repressão e na violência”, acrescentou a diplomacia alemã, que frisou também que as eleições nos territórios ocupados da Ucrânia são nulas e mais uma violação do direito internacional.
Em Berlim, ocorreu hoje um grande protesto perto da embaixada russa, no qual participaram cerca de 800 pessoas, gritando “Vitória para a Ucrânia” e “Rússia livre”, além de exibirem um boneco inflável de Putin banhado em sangue.
Paralelamente, por volta do meio-dia, cerca de 2.000 russos formaram uma longa fila em frente à embaixada russa em Berlim, incluindo a viúva do falecido líder opositor russo Alexei Navalny, para apoiar a campanha de protesto “Meio-dia contra Putin".
Essa campanha é uma iniciativa do político liberal exilado Maxim Reznik, que descreveu as eleições como uma "operação eleitoral especial" para mostrar unidade contra Putin, em uma eleição sem eleição, uma vez que os outros candidatos são vinculados ao Kremlin.
A campanha foi respaldada pelo próprio Navalny antes de morrer na prisão no último mês de fevereiro. Os organizadores do “Meio-dia contra Putin" dão aos participantes diversas opções, desde boicotar a votação até anular a votação ou votar contra Putin.
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