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Pós-eleição

Governo da Argentina combina medidas com empresas para aliviar escassez de combustíveis

Posto de combustíveis em Buenos Aires: filas de automóveis na capital e em outras cidades se acumularam na semana seguinte ao primeiro turno das eleições presidenciais (Foto: EFE/David Fernández)

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Diante da escassez de combustíveis na Argentina, que gerou filas em postos na capital Buenos Aires e em outras cidades na semana seguinte ao primeiro turno das eleições presidenciais, o governo de Alberto Fernández realizou nesta sexta-feira (27) uma reunião com representantes das principais empresas do setor para tentar aumentar a oferta de gasolina e diesel.

Segundo o jornal Clarín, no encontro com a secretária de Energia, Flavia Royón, foram acertados dois pontos principais: as empresas concordaram em importar dez navios de combustíveis e que as paradas técnicas nas refinarias, que reduziram o fornecimento, serão encerradas.

O governo argentino vai viabilizar US$ 400 milhões das escassas reservas líquidas do Banco Central para que essas ações ocorram, acrescentou o Clarín.

A Secretaria de Energia da Argentina informou que houve aumentos de até 15% da demanda este mês na comparação com o ano passado, por fatores como o fim de semana prolongado entre os dias 13 e 16 (em razão de feriados nessas datas), recuperação da produção agrícola e a corrida a postos antes do primeiro turno, no último domingo (22), no qual o ministro da Economia, Sergio Massa, foi o mais votado e se qualificou para disputar o segundo turno em novembro com o libertário Javier Milei.

A forte procura para abastecer antes das eleições ocorreu devido à preocupação com um possível aumento dos preços (que realmente acabou acontecendo) ou uma nova desvalorização do peso argentino.

Em agosto, após Milei ser o mais votado nas primárias, o governo peronista desvalorizou a moeda argentina frente ao dólar em 22%.

Também em agosto, Massa anunciou um congelamento dos preços dos combustíveis até 31 de outubro. Entretanto, antes desse prazo, na segunda-feira (23), a estatal YPF aumentou os preços em 3% e suas concorrentes privadas também promoveram reajustes.

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