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Troca de farpas

Governo da Argentina rebate comentário de ministro espanhol de que Milei usaria drogas

Em nota, gestão Milei acusou presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, de ter colocado em risco a “unidade” do país europeu (Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH)

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O governo da Argentina divulgou uma nota na noite desta sexta-feira (3) em resposta ao ministro dos Transportes da Espanha, Óscar Puente, que num evento do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), legenda do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, disse que o mandatário argentino, Javier Milei, “ingeriu substâncias”.

Num evento do PSOE esta semana, Puente disse que “há pessoas muito más” sendo eleitas para cargos importantes e citou Milei e o ex-presidente americano Donald Trump (2017-2021).

“Eu vi Milei na TV e [...] quando ele saiu, não sei em que estado e antes de ingerir ou depois de ingerir quais substâncias, [...] eu disse: 'É impossível ele ganhar as eleições'”, disse o ministro espanhol.

Numa nota oficial, a presidência argentina repudiou “as calúnias e insultos” proferidos por Puente e fez referência à recente investigação contra a esposa de Sánchez, Begoña Gómez.

“O governo de Pedro Sánchez tem problemas mais importantes para resolver, como as acusações de corrupção levantadas contra a sua esposa, questão que até o levou a avaliar a sua renúncia. Pelo bem do Reino da Espanha, esperamos que a Justiça atue com celeridade para esclarecer este escândalo de corrupção que afeta diretamente a estabilidade da sua Nação e, consequentemente, as relações com o nosso país”, afirmou o governo argentino na nota.

O comunicado também mencionou o acordo que Sánchez fez com partidos separatistas espanhóis para conseguir a indicação para permanecer à frente do Executivo espanhol numa votação no Legislativo do país europeu.

“Pedro Sánchez colocou em risco a unidade do Reino, fazendo um pacto com os separatistas e levando à dissolução da Espanha; colocou as mulheres espanholas em risco ao permitir a imigração ilegal daqueles que ameaçam a sua integridade física; e colocou em perigo a classe média com suas políticas socialistas que só trazem pobreza e morte”, criticou a Casa Rosada.

“Nós, argentinos, optamos por mudar o modelo que nos trouxe miséria e decadência. O mesmo modelo que o Partido Socialista Operário Espanhol aplica em seu país. Esperamos que o povo espanhol escolha em breve viver novamente em liberdade”, encerra a nota.

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