A Áustria deseja expropriar a casa em Adolf Hitler nasceu para encerrar uma longa batalha legal e impedir que o imóvel se transforme em um templo neonazista.
“Nos últimos anos chegamos à conclusão de que a expropriação é a única forma de evitar que o edifício seja usado em benefício dos (simpatizantes) nazistas”, disse o porta-voz do ministério do Interior, Karl-Heinz Grundboeck.
De acordo com Grundboeck, o ministério está verificando a legalidade de sua pretensão e depois “adotará as medidas legais apropriadas”. O porta-voz explicou que neste caso, o governo indenizará a atual proprietária.
A casa em questão, onde Adolf Hitler nasceu em 20 de abril de 1889, fica no coração da cidade de Braunau am Inn.
Apenas uma placa dá pistas sobre sua particularidade, com a frase “A favor da paz, da liberdade e da democracia. Fascismo nunca mais, advertem milhões de mortos”.
A casa está vazia desde 2011, quando o governo iniciou a batalha jurídica com a proprietária, Gerlinde Pommer.
A família Pommer é dona do imóvel há mais de um século, com exceção de um breve período durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1972, o governo austríaco assinou um contrato de aluguel com Pommer para que a residência não virasse um local de peregrinação de neonazistas.
Com o acordo, o local virou um centro para deficientes.
Mas em 2011 o contrato foi rompido de maneira abrupta, quando Pommer se negou a permitir obras de reforma. Ela também rejeitou uma oferta de compra do ministério do Interior.
Entre os 17 mil habitantes de Braunau, alguns desejam que a casa vire um centro de refugiados e outros defendem a ideia de um museu dedicado à libertação da Áustria.
Alguns preferem a demolição, mas como a casa fica no centro histórico da cidade está protegida por lei.
A cada ano, na data de aniversário de Hitler, dezenas de militantes antifascistas protestam diante do edifício, no número 15 da rua Salzburger Vorstadt.
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