O líder do ELN, Pablo Beltran, fala durante a abertura do Congresso Nacional das FARC em Bogotá em 27 de agosto de 2017 | Foto: RAUL ARBOLEDA/AFP

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta segunda-feira (4) um acordo de cessar-fogo bilateral com o grupo rebelde marxista ELN (Exército de Libertação Nacional), o principal ainda em atividade no país.  

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De acordo com Santos, o acordo entrará em vigor em 1º de outubro e terá uma vigência inicial de 102 dias, ou seja, irá até 12 de janeiro de 2018.  

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"(O cessar-fogo) será renovado à medida que se cumpra e se avance com as negociações sobre os demais pontos", disse Santos em um discurso televisado. "A prioridade é proteger os cidadãos e, durante este período, os sequestros, os ataques contra oleodutos e outras hostilidades contra a população civil cessarão". 

Rebeldes

O ELN, que regularmente bombardeia instalações de petróleo e realiza sequestros, foi fundado por padres católicos radicais em 1964 e está em guerra com o governo colombiano há 53 anos.  

Segundo a guerrilha, o cessar-fogo corresponde, em parte, à visita do papa Francisco à Colômbia. O pontífice chega ao país na quarta-feira (6) para uma visita de cinco dias.  

"Nós dissemos que a visita do papa deveria ser um motivador extra para acelerar o nosso trabalho por um acordo", afirmou o ELN em um comunicado. "Uma vez que os dias de celebração da presença do papa passarem, continuaremos a insistir em avançar para a desestruturação do conflito, até que a paz completa seja uma realidade".  

O cessar-fogo foi acertado durante o terceiro ciclo de negociações de paz que o governo do presidente Santos e o grupo ELN mantêm no Equador desde fevereiro.  

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Em 2016, o governo colombiano anunciou acordo de paz com as Farc.