O governo colombiano e guerrilhas esquerdistas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram em conjunto neste sábado um acordo para a remoção de minas terrestres e outros explosivos do campo de batalha.
O anúncio foi feito em entrevista coletiva da qual participaram representantes dos países fiadores do processo de paz, Cuba e Noruega, e equipes do governo colombiano e das Farc, lideradas por seus chefes negociadores Humberto de la Calle e “Ivan Márquez”, respectivamente.
Trata-se de um acordo “para avançar na construção da confiança e a fim de contribuir para gerar condições de segurança para os moradores que se encontram em zonas de risco pela presença de minas”, segundo o comunicado conjunto lido hoje pelos representantes de Cuba e Noruega, Rodolfo Benítez e Dag Nylander.
O chefe negociador do governo, Humberto de la Calle, afirmou em uma declaração posterior que o Executivo colombiano e a guerrilha trabalharão “conjuntamente” a partir de hoje para limpar os territórios de minas terrestres em uma operação que será coordenada pela Noruega.
“A proposta de retirada de minas é um primeiro passo, mas um passo gigante rumo à paz, isto é uma prova de que estamos trabalhando na direção correta”, afirmou.
Em guerra há 50 anos, a Colômbia é um dos países com mais minas do mundo. O governo do presidente Juan Manuel Santos e os rebeldes das Farc vinham discutindo as minas terrestres como parte de negociações de paz de dois anos, sendo realizadas em Havana.
Por sua parte, o chefe negociador das Farc, Luciano Marín Arango, conhecido como “Ivan Márquez”, declarou que hoje é “um dia memorável” para o processo de paz.
“Vamos por um bom caminho”, comentou “Márquez”, ao ressaltar que as partes negociadoras entregaram à Colômbia “um acordo humanitário” que contribuirá ao fim do conflito.
Governo mira Simples Nacional para equilibrar contas; revisão pode afetar pequenas empresas
Como a polarização influencia a eleição municipal de 2024; ouça o podcast
De olho em plano B para o segundo turno, família Bolsonaro ameniza tom contra Marçal
Floresta em chamas: recursos do Fundo Amazônia demoram a chegar e crise se agrava
Deixe sua opinião