O Governo da Colômbia ainda considera como desaparecido o jornalista francês Roméo Langlois, e não confirma a informação do Governo francês de que ele teria sido sequestrado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia durante combates que deixaram quatro mortos e seis feridos.
Assim informou neste domingo (29) o ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón, em entrevista coletiva desde a base militar de Larandia, em Caquetá (sul), onde lamentou o incidente com o correspondente na Colômbia da emissora "France 24" e do jornal "Le Figaro".
O ministro disse que a informação divulgada por seu ministério corresponde a "fatos exatos", mas deixou um recado às Farc: "se estão com ele, devem respeitar sua vida".
Esta versão contrasta com a do ministro francês de Relações Exteriores, Alain Juppé, que afirmou em um comício na cidade de Lyon que Langlois foi sequestrado durante um enfrentamento entre as forças colombianas e as Farc e foi feito prisioneiro.
Segundo testemunhos dos combatentes, Langlois recebeu um disparo no braço esquerdo e no meio da tensão tomou a decisão de tirar o colete e o capacete militar e ao manifestar que era civil deslocou-se em direção a área urbana, de onde disparavam os guerrilheiros.
Pinzón relatou que unidades da Brigada contra o Narcotráfico, acompanhadas da Polícia e do jornalista francês ingressaram no sábado em uma região rural no selvático departamento do Caquetá.
Após destruir um laboratório, do qual retiraram 400 quilogramas de pasta base de coca, as unidades tentaram ingressar em outra área na qual se preparavam para repetir a operação, mas ali encontraram guerrilheiros que atacaram o batalhão.
Pinzón disse que segundo os militares os combates foram muito intensos e aconteceram durante várias horas, nas quais houve momentos de enfrentamento a curta distância e o inimigo estava vestido de civil, disparando desde casas ou utilizando civis desarmados como escudo humano.
Como consequência, foram assassinados quatro membros da polícia, seis ficaram feridos, 17 se encontram em perfeito estado e pelo menos um guerrilheiro foi morto.
"A esta altura há apenas uma pessoa desaparecida: o repórter de guerra Roméo Langlois que esteve boa parte do tempo com as tropas, inclusive no meio do combate", disse Pizón.
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