A França está enviando seu porta-aviões Charles de Gaulle à Líbia para ampliar a campanha aérea contra as forças de Muamar Kadafi. O navio, carregando 20 aviões militares, a maior parte deles Rafale e jatos mais antigos Super Etendard, helicópteros e dois aviões de vigilância E-2 Hawkeye, partiria do porto de Toulon, sul da França, às 9h (de Brasília).
Segundo militares franceses, o Charles de Gaulle está a 24 horas da costa Líbia, mas poderá levar de 36 a 48 horas para atingir o local após o carregamento dos jatos de combate e a realização de exercícios de aterrissagem.
O porta-aviões seria escoltado por três fragatas - a antissubmarino Duplex, a antiaérea Forbin e a Aconit, com tecnologia Stealth - e o petroleiro La Meuse. O grupo naval francês será protegido por uma submarino nuclear, acrescentaram os militares.
Os aviões de guerra da França continuavam fazendo voos de reconhecimento na Líbia na manhã deste domingo, como parte da maior intervenção do Ocidente no mundo árabe desde a invasão do Iraque liderada pelos EUA em 2003.
Ontem, os jatos da França lideraram a ação ocidental, com quatro ataques aéreos à Líbia, destruindo diversos veículos blindados das forças leais a Muamar Kadafi. Os ataques aconteceram antes que os navios de guerra dos EUA e um submarino do Reino Unido disparassem pelo menos 100 mísseis Tomahawk contra as baterias de radares e de mísseis antiaéreos de Kadafi.
A intervenção foi autorizada pela Resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que permitiu o uso da força para proteger civis líbios dos ataques das forças de Kadafi.
Em breve mensagem de áudio transmitida pela televisão estatal ontem à noite, Kadafi classificou a ação como "uma agressão bárbara e injustificada dos Cruzados". Ele prometeu retaliar com ataques a alvos civis e militares no Mediterrâneo. As informações são da Dow Jones.
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