O novo governo de coalizão da Grécia conseguiu nas primeiras horas desta segunda-feira um voto de confiança no Parlamento, dando fim a um período de incerteza depois de duas eleições em menos de dois meses, mas o país ainda tem um longo caminho a percorrer para sair de uma profunda recessão e pagar sua enorme dívida.
Não houve surpresas na votação. Os 179 deputados dos três partidos que apoiam o governo, Nova Democracia, de tendência conservadora, o Pasok, socialista, e Esquerda Democrática, moderado, votaram a favor.
Houve 121 votos contra dos legisladores da Coalizão de Esquerda Radical (Syriza), dos Gregos Independentes, de direita nacionalista, do Amanhecer Dourado, de extrema direita, e do partido Comunista.
Em seu discurso pouco antes da votação, o primeiro-ministro Antonis Samaras disse que, apesar da diversidade política, os três sócios da coalizão têm um propósito comum: manter o país na zona do euro e tirá-lo de sua longa recessão, que já dura cinco anos.
"O objetivo do governo é garantir o lugar da Grécia na zona do euro, em resposta aos que querem expulsá-la. Admitimos nossos erros e agora temos uma causa comum. Vocês continuam presos a seus dogmas e à mesma lógica populista", disse Samaras dirigindo-se à oposição.
A sessão aconteceu faltando poucas horas para a reunião dos ministros de Finanças da zona do euro em Bruxelas, que examinará os problemas da Grécia, além da ajuda a Chipre e aos bancos espanhóis.
Vencedor por uma escassa margem de votos nas eleições de 17 de junho contra seu principal rival, Alexis Tsipras, líder do Syriza, o primeiro-ministro tem destacado a necessidade de acelerar as reformas pedidas pelos credores, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, e principalmente quanto ao ambicioso programa de privatizações.
"Estamos determinados a realizar uma série de grandes reformas e as privatizações serão aceleradas", afirmou Samaras.
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