A Síria acusou hoje a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, de "incitação", após ela dizer que o presidente Bashar al-Assad perdeu legitimidade e o direito de permanecer no poder.
"A Síria condena vigorosamente os comentários da secretária de Estado dos EUA, que representam uma prova extra da flagrante interferência dos Estados Unidos em assuntos internos da Síria", afirmou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores sírio.
"Estes comentários são um ato de incitação voltados para manter a crise interna e com objetivos que não servem aos interesses do povo sírio ou a suas ambições legítimas", afirma o texto.
Ontem, Hillary disse, após as embaixadas dos EUA e da França em Damasco serem atacadas por manifestantes pró-governo, que Assad "perdeu a legitimidade". O presidente sírio enfrenta quatro meses de protestos contra seu regime.
"O presidente Assad não é indispensável e nós não ganhamos nada investindo nele... permanecendo no poder", disse Hillary. "Do nosso ponto de vista, ele perdeu a legitimidade."
Segundo a chancelaria síria, as relações bilaterais estão agora em crise. O governo de Damasco afirmou que a liderança política do país não obtém sua legitimidade dos EUA, mas sim do povo sírio. "As relações entre os países são baseadas no princípio da não interferência", afirmou a chancelaria.
A Síria espera que os EUA "respeitem este princípio e se abstenham de um comportamento que é capaz de provocar os sentimentos dos sírios e seu compromisso com a independência nacional".
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