O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, votou por unanimidade na madrugada desta sexta-feira (21, horário local) pela demissão do chefe do Shin Bet (agência de segurança interna do país), Ronen Bar.
Segundo informações do jornal The Times of Israel, Bar ficará no cargo até 10 de abril, mas poderá sair antes se os ministros do governo Netanyahu aprovarem um substituto permanente. É a primeira vez na história de Israel que um líder do Shin Bet é demitido pelo governo.
Bar estava em pé de guerra com Netanyahu desde que o Shin Bet iniciou investigações – após receber ordens da Procuradoria-Geral de Israel – sobre vários ex-assessores e porta-vozes do gabinete do premiê devido ao escândalo Catargate, sobre supostos laços financeiros com o Catar.
Antes da votação, Bar disse numa carta que a decisão de demiti-lo seria “totalmente manchada” por “conflitos de interesse”.
“Conforme relatado, medidas investigativas significativas estão sendo conduzidas atualmente, e [a decisão de] miná-las por meio de uma tentativa de demissão precipitada e repentina, apoiada por argumentos inerentemente infundados, está totalmente manchada por considerações impróprias e conflitos de interesses pessoais e institucionais da mais alta ordem”, escreveu Bar.
Uma autoridade israelense disse à CNN que o governo Netanyahu havia “perdido toda a confiança em Ronen Bar, que continua agarrado ao seu cargo enquanto usa cinicamente as famílias dos reféns e usa politicamente sua posição de forma imprópria para fabricar investigações fúteis e infundadas”.
Netanyahu alegou que o chefe do Shin Bet teria sido “mole” nas negociações com o grupo terrorista Hamas para libertação de reféns em Gaza e que “a intenção de demitir o chefe do Shin Bet não surgiu no contexto da investigação” do Catargate.
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