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Paris – Depois de alcançar o mais baixo índice de automedicação da Europa, o governo francês deve passar a estimular pacientes de doenças leves, como febre, dores de garganta, de cabeça e de estômago, a buscar nas farmácias – e não nos consultórios médicos – a cura de seus problemas. A medida controversa foi elaborada pelo Ministério da Saúde e visa à redução dos gastos com o reembolso dos medicamentos, cujo custo é coberto em 75%, no mínimo, pelo Estado.

A proposta, baseada em um relatório elaborado pelos médicos e pesquisadores Alain Coulomb e Alain Baumelou, deve ser sancionada em fevereiro pelo governo, a pedido do ministro da Saúde, Xavier Bertrand. Seu intuito oficial é reduzir a procura pelos médicos do sistema público, uma vez que o paciente já tenha sido orientado por um especialista quando da primeira vez em que sofreu do problema. Além do alívio da demanda em hospitais, existe a intenção do governo de Jacques Chirac de reduzir o investimento público na compra de remédios.

Reembolso

Na França, a maioria das drogas de Prescrição Médica Facultativa (PMFs) é paga pelo paciente na hora da compra – na farmácia – e, depois, reembolsada. No entanto, é preciso ir ao médico para obter a receita, que autoriza a compra e o reembolso do dinheiro.

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