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Líder da oposição Henrique Capriles, também candidato à presidência, lança um boné para apoiadores, durante comício | Carlos Garcia Rawlins/Reuters
Líder da oposição Henrique Capriles, também candidato à presidência, lança um boné para apoiadores, durante comício| Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Políticos da oposição venezuelana acusaram ontem o governo, liderado pelo presidente interino Nicolás Maduro, de ter acesso a urnas eletrônicas. De acordo com o Comando Simón Bolívar, a falha foi descoberta durante uma auditoria no sistema eleitoral, realizada no dia 30 de março.

A informação é de que uma das senhas de uso das máquinas estava com o técnico Oscar Martínez, do partido governista. Tal senha é restrita para uso de técnicos do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE). "Isso quer dizer que o PSUV violou áreas técnicas que são de manuseio exclusivo do CNE", disse o político opositor Ramón Guillermo Aveledo, em fala reproduzida pelo jornal O Globo.

A acusação será investigada pelo CNE. Segundo um dos dirigentes da entidade, Vicente Díaz, a senha que teria vazado para o governo não permite "tocar no sistema eleitoral" e, por isso, não coloca em dúvida a confiança no sistema para a eleição do próximo dia 14.

A oposição venezuelana exigiu que a senha fosse trocada imediatamente, além de pedir punição para os funcionários que seriam os responsáveis pela invasão.

Na última quarta-feira, a oposição apontou para a desigualdade que está dominando a campanha eleitoral. No primeiro dia de campanha (terça-feira passada), o candidato Nicolás Maduro teve 7 horas de cobertura na tevê pública da Venezuela, enquanto Capriles teve apenas 5 minutos.

Reavaliação

O presidente do Paraguai, Federico Franco, reavaliou um comentário em que definiu como um "milagre" a morte do líder da Venezuela, Hugo Chávez, com quem nunca teve uma boa relação. O comentário do paraguaio levou o chanceler venezuelano Elías Jaua o chamá-lo de "escória humana".

Durante sua visita a Washington, Franco quis "esclarecer" os comentários que fez durante passagem por Madri, "por ter sido mal interpretado, ou talvez pelo chanceler venezuelano não ter recebido a informação".

"Eu, como ser humano, jamais desejo a morte de ninguém. Quando aconteceu a morte do presidente Chávez, expressamos como governo nosso pêsame à família e ao povo da Venezuela", disse em entrevista coletiva após intervir em um ato no centro de estudos Diálogo Interamericano.

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