O governo de Minas Gerais anunciou nesta quinta-feira (23) que acertou com uma funerária mexicana o transporte dos corpos de dois brasileiros mortos em chacina ocorrida no mês passado no México. Inicialmente, a previsão era de que o governo mexicano custeasse a transferência dos corpos para o Brasil.
De acordo com a assessoria do governo de Minas, a decisão foi para acelerar a transferência dos corpos dos dois brasileiros mortos Juliard Aires Fernandes, de 20 anos, e Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos que eram naturais do estado.
Os corpos de 72 imigrantes mortos a tiros foram encontrados em uma fazenda na região de Tamaulipas, que faz fronteira com o estado norte-americano do Texas no dia 25 de agosto do mês passado.
"As famílias nos ligam todos os dias. Estão ansiosos, querendo logo que os corpos cheguem. Agora que o pagamento vai ser feito, serão feitos os trâmites junto ao governo do México. Esperamos que tudo se resolva o mais rápido possível", afirma Odilon Araújo, assessor do governo de Minas.
O pagamento para a empresa, equivalente a R$ 22 mil, será depositado ainda nesta sexta-feira (24), segundo a assessoria do governo.
Outros brasileiros
Nesta quarta-feira, a Polícia Federal confirmou a identificação de outros dois brasileiros mortos na chacina, ambos do Pará. Os nomes deles não foram divulgados a pedido das famílias. A PF não descartou a possibilidade de haver outras vítimas brasileiras do crime no México.
A polícia pediu que amigos e familiares que conhecem alguém que tenha embarcado para o México em datas próximas da chacina meados de agosto- procurassem o Itamaraty.
O Ministério de Relações Exteriores afirmou, contudo, que a medida é apenas "uma precaução". De acordo com o Itamaraty, não foram encontrados documentos, nem pistas que possam levar a identificação de outros brasileiros.
A chacina de agosto no México foi o maior crime decorrente de disputas entre os cartéis de narcotraficantes Golfo e Zetas desde a posse do presidente Felipe Calderón, em 2006, segundo o governo mexicano.
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