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Argentina

Governo de Milei diz que organizações de esquerda vão bancar gastos com segurança em protestos

Dezenas de pessoas participam de manifestação contra as medidas anunciadas pelo presidente Javier Milei, em frente ao Congresso Nacional, em Buenos Aires (Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni)

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O porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni. afirmou que o governo de Milei enviará uma cobrança para organizações sociais de esquerda, responsáveis por articular os protestos desta quarta-feira (20), para custear a grande operação policial realizada no centro de Buenos Aires.

“A operação teve um custo alto e, quando terminarmos de quantificá-lo nas próximas horas, o boleto vai ser enviado para cada uma das organizações que participaram e que vão ter que assumir o custo que foi para todos os argentinos conseguirem que o país esteja em paz e com as vias de circulação liberadas”, disse Adorni, na manhã desta quinta (21).

A declaração apenas confirma o que a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, já havia adiantado durante o anúncio de um novo protocolo contra piquetes na Argentina. “O Estado não vai pagar pelo uso da força de segurança, as organizações terão que assumir os custos”, afirmou na ocasião.

O primeiro dia de grandes protestos da esquerda contra a nova gestão da Casa Rosada foi marcado por alguns episódios de tumulto, enfrentamentos com a polícia e duas prisões, mas em geral o protocolo antipiquetes funcionou e os transtornos foram menores que o esperado.

De acordo com Bullrich, as estimativas de participação popular indicam que o número de manifestantes foi menor que o habitual para os padrões argentinos. "É evidente que a maioria das pessoas decidiu não comparecer hoje à marcha prevista ou ao fechamento de ruas, porque a média que temos tido em geral neste tipo de piquete é uma média entre 20.000 e 50.000 pessoas", disse em um comunicado na noite desta quarta (20). O número oficial de participantes não foi divulgado pelas autoridades.

Os manifestantes bloquearam temporariamente as avenidas Diagonal Norte e Diagonal Sul da capital e se concentraram na Praça de Maio, mas não chegaram a ocupar toda a área. Em razão do forte policiamento mobilizado pelo governo, a oposição a Milei abreviou a rota dos protestos e deixou de passar pelo Congresso argentino, conforme havia planejado inicialmente.


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