A formação de um governo de unidade entre as facções palestinas Hamas e Fatah será anunciada na próxima segunda-feira (2), disse neste sábado (31) Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina. Abbas afirmou ainda que Israel alertou que boicotaria a nova aliança.
As facções estão divididas desde o conflito violento pelo controle da faixa de Gaza em 2007, em que venceu o Hamas, de tendência islâmica e considerado um grupo terrorista por Israel. O Fatah, que se define como secular (não religioso), controla a Cisjordânia.
O governo de unidade, que já havia sido anunciado em abril, será composto por tecnocratas das duas facções e irá preparar as eleições gerais de 2015. O estabelecimento do novo governo significaria o passo mais importante em sete anos para o fim da divisão política palestina.
Nos últimos dias, houve desentendimentos sobre a escolha dos membros do gabinete, mas Abbas sugeriu hoje que essas questões estavam resolvidas.
"O anúncio do governo será feito na segunda", disse Abbas em um encontro com ativistas franceses pró-Palestina. "Os israelenses nos informaram hoje que irão nos boicotar imediatamente após a formação do governo."
"Vamos reagir a qualquer ação israelense", afirmou Abbas, sem dar mais informações sobre a que tipo de ações reagiriam.
Um representante do governo israelense afirmou a jornalistas, sob condição de anonimato, que o governo de unidade entre Hamas e Fatah "é um grande passo para trás", mas não quis informar se Israel tomaria alguma medida punitiva.
Essa não será a primeira tentativa de reunificar as facções, razão pela qual a notícia foi recebida em Israel e nos territórios palestinos com ceticismo, no mês passado. Houve semelhantes anúncios em 2011, no Cairo, e 2012, em Doha.
Reforma tributária eleva imposto de profissionais liberais
Dino dá menos de um dia para Câmara “responder objetivamente” sobre emendas
Sem Rodeios: José Dirceu ganha aval do Supremo Tribunal Federal para salvar governo Lula. Assista
Além do Google, AGU aumenta pressão sobre redes sociais para blindar governo