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O governo de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Naftali Bennett, decidiu dissolver o Knesset (Parlamento) e convocar eleições antecipadas, de acordo com a imprensa do país.
Bennett e seu parceiro de governo, Yair Lapid, atual premiê alternativo e ministro das Relações Exteriores, devem anunciar ainda nesta segunda-feira (20) a decisão de introduzir uma lei na próxima semana para dissolver o Parlamento.
Lapid, segundo a imprensa israelense, assumirá a chefia interina do governo até que uma nova administração seja formada após as eleições antecipadas, esperadas para outubro. Será a quinta eleição em Israel em menos de quatro anos.
O governo de coalizão completou seu primeiro aniversário em 13 de junho, tendo vivido uma crise após a outra, especialmente a partir de abril, quando perdeu sua maioria parlamentar após a deserção de Idit Silman, deputada pelo partido Yamina, de Bennett.
O partido islâmico árabe Raam também congelou sua participação no governo por três semanas no final de abril, na esteira dos violentos tumultos na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém durante o Ramadã, mas depois decidiu voltar.
O governo de coalizão foi empossado há um ano como o mais diversificado da história do país, uma amálgama de oito partidos de todo o espectro político - da direita à esquerda, incluindo um partido árabe -, que se uniram para derrubar Benjamin Netanyahu após 12 anos consecutivos como primeiro-ministro.