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Tailândia

Governo declara estado de exceção em Bangcoc devido aos protestos

Manifestantes marcham pelo distrito financeiro de Bangcoc nesta terça-feira (21) | Reuters/Damir Sagolj
Manifestantes marcham pelo distrito financeiro de Bangcoc nesta terça-feira (21) (Foto: Reuters/Damir Sagolj)

O governo interino da Tailândia declarou nesta terça-feira (21) estado de exceção em Bangcoc diante do aumento da violência relacionada às manifestações antigovernamentais, informou a imprensa local.

As eleições gerais no país estão marcadas para daqui a duas semanas. A medida, que permanecerá em vigor por 60 dias, entrará em vigor a partir da meia-noite desta terça e será aplicada também nos arredores da capital, segundo o grupo de comunicação estatal MCOT.

O estado de exceção permite que as forças de segurança detenham suspeitos sem necessidade de apresentar acusações, decretar o toque de recolher, dissolver reuniões públicas de mais de cinco pessoas e censurar a imprensa, entre outras coisas.

Pelo menos nove pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas desde que os manifestantes antigovernamentais começaram a ocupar ministérios, em novembro do ano passado.

Os atos de violência aumentaram desde que a mobilização antigovernamental começou uma campanha, em 13 de janeiro, para paralisar Bangcoc e impedir as eleições convocadas para 2 de fevereiro.

Na sexta-feira passada, um manifestante morreu e 35 pessoas ficaram feridas quando dois desconhecidos lançaram uma granada em uma rua da capital.

No domingo, um indivíduo feriu 28 pessoas ao lançar duas granadas: a primeira contra o acampamento dos manifestantes no Monumento da Vitória e a outra para deter o grupo que o perseguia para poder escapar.

Nesta madrugada, a polícia deteve uma mulher suspeita de estar envolvida em um incidente armado contra os manifestantes no Monumento da Vitória, que terminou sem feridos.

O líder dos protestos, Suthep Thaugsuban, quer a formação de um conselho popular não eleito que reforme o sistema político para eliminar a corrupção e, só depois disso, a realização de eleições.

A primeira-ministra interina da Tailândia, Yingluck Shinawatra, rejeitou desde o início usar a força contra as manifestações e acredita que eleições de 2 de fevereiro vão enfraquecer os protestos.

Pelo menos 53 países, entre eles os Estados Unidos, apoiam a realização do pleito, segundo o Mistério de Relações Exteriores tailandês.

O país vive uma grave crise política desde o golpe militar violento que em 2006 derrubou Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck.

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