O presidente paquistanês, Pervez Musharraf, disse ontem ao número dois da diplomacia americana, John Negroponte, que o estado de exceção no Paquistão continuará vigente até que a segurança melhore no país, informou um conselheiro presidencial.

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O subsecretário de Estado dos Estados Unidos se encontrou com Musharraf e com alguns de seus assessores mais próximos ontem. Durante estas conversações, segundo fontes diplomáticas, Negroponte fez um forte apelo ao presidente paquistanês pela suspensão do estado de emergência, em vigor desde o último dia 3.

Negroponte pediu também a Musharraf que deixe seu cargo à frente do Exército o mais rápido possível, para garantir eleições gerais em uma atmosfera livre, justa e imparcial, segundo as fontes.

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John Negroponte é o mais alto funcionário americano a visitar o Paquistão desde que Musharraf decretou o estado de exceção no país, o que justificou pela deterioração da ordem e pelas ingerências do Judiciário no trabalho do governo.

O subsecretário de Estado americano, segundo as fontes, disse "taxativamente" a Musharraf que tinha sido enviado para expressar as demandas da administração do presidente George W. Bush, de que saia do comando do Exército e coloque fim ao estado de exceção antes das eleições.

Com o estado de exceção, Musharraf revogou o poder dos juízes do Tribunal Supremo e condicionou a atividade dos meios de comunicação, ao ponto de dois dos canais de televisão mais críticos, a Geo TV e a ARY, terem tido suas transmissões suspensas ontem.