Veja que eleitores aprovam nova Constituição do Equador
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O presidente da Assembléia Constituinte do Equador, Fernando Cordero, convidou nesta segunda-feira (29) para o diálogo o prefeito de Guayaquil, o opositor Jaime Nebot, um dia depois do referendo sobre a nova Carta Magna do país, virtualmente aprovada com quase 64% de apoio popular, segundo o referendo deste domingo.
"Convido-o para um diálogo, para lermos juntos a Constituição", disse Cordero na emissora local de televisão "Ecuavisa", depois de Nebot ter se declarado disposto a conversar se convidado, após reconhecer a vitória do "sim".
Nebot expressou esta disposição depois que o presidente equatoriano, Rafael Correa, comemorou a vitória no referendo e afirmou o desejo de conversar com todos os setores políticos.
O prefeito de Guayaquil insistiu que deve ser respeitado o "modelo de desenvolvimento" de sua cidade, onde a tensão política se concentrou nas últimas semanas e onde o "sim" também venceu, segundo dados preliminares.
De acordo com Cordero, que pertence ao movimento governista Alianza País, o centralismo foi "enterrado" após o referendo constitucional.
64% de apoio
O projeto da nova Constituição recebeu 64% dos votos, com 80% das urnas apuradas até agora, segundo o Tribunal Supremo Eleitoral do Equador.
O tribunal informou que a corte contou 31.213 das 38.901 mesas, e que 3.737.397 eleitores votaram pelo sim (64%) e 1.655.624 pelo não (28%). 39.762 (1%) votaram em branco e 419.716 (7%) anularam.
O resultado ainda não é suficiente para confirmar oficialmente a vitória do "sim". Para ser aprovada, a proposta precisa de metade mais um dos votos (o sim contra o não, brancos e nulos). Cerca de 9,7 milhões de equatorianos foram convocados para votar.
O projeto promovido pelo presidente Rafael Correa, e que aumenta seus poderes, teria conseguido entre 66,4% e 70% dos votos neste domingo, segundo duas pesquisas de boca-de-urna de institutos privados, divulgadas pela TV, ao término das votações.
A nova Constituição institui a reeleição do presidente, cria a possibilidade de uma moratória da dívida externa que for considerada "ilegítima" e concede uma ampla margem de manobra para renegociar os vitais contratos de petróleo.
O texto também amplia o papel do Estado em setores estratégicos da economia, como mineração, petróleo e agropecuária, conforme havia prometido Correa em sua campanha eleitoral de 2006.
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