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Cães ajudam na busca por corpos soterrados sob os escombros | Tatyana Makeyeva/Reuters
Cães ajudam na busca por corpos soterrados sob os escombros| Foto: Tatyana Makeyeva/Reuters

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  • A falta de água e de alimentos é mais um problema enfrentado pelos moradores do Haiti
  • Tremor no Haiti deixou 300 mil sem casa, estima ONU. Segundo a entidade, uma em cada dez casas da capital, Porto Príncipe, ficaram destruídas
  • Criança é atendida por voluntário após o terremoto que devastou o Haiti
  • Haitianos procuram abrigo em Porto Príncipe: cônsul no Brasil inventou explicação sobrenatural para a tragédia.
  • Vários prédios ficaram destruídos após o terremoto no Haiti
  • O Palácio Presidencial do Haiti está em ruínas
  • Estima-se que muitas pessoas ainda estejam vivas sob os escombros
  • Socorro médico aos feridose e distribuição de suprimentos estão entre as ações do plano
  • Banco Mundial promete US$100 milhões em ajuda para Haiti.
  • Presidente do Haiti diz que mortos por tremor podem ser 50 mil

Autoridades haitianas já enterraram 40 mil corpos e acreditam que outras 100 mil pessoas podem ter morrido devido ao terremoto na última terça-feira (12), disse uma importante autoridade à Reuters nesta sexta-feira (15).

O secretário de Estado para Segurança Pública, Aramick Louis, disse também que grupos armados estão tomando as ruas e que o governo teme um aumento da violência.

Destruição

Metade da capital do Haiti foi destruída pelo terremoto que atingiu o país. A estimativa é do Escritório de Coordenação de Ajuda Humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU).

A agência da ONU coordena 27 equipes de busca e resgate que trabalham em hospitais, escolas, hotéis e nos principais prédios públicos da capital haitiana, que desde o terremoto está praticamente sob escombros.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, deve embarcar em breve para o Haiti. Em pronunciamento nesta sexta-feira (15) em Nova York, ele classificou de generosa e robusta a colaboração da comunidade internacional, mas lembrou que há problemas de logística na operação por causa da destruição causada pelo terremoto e pediu mais colaboração no envio de recursos s vítimas.

A ONU vai lançar um apelo-emergência por US$ 550 milhões. A maior parte desse dinheiro irá para as necessidades urgentes, os estoques de água e de alimentos e o abastecimento de água estão extremamente baixos.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) está trabalhando na identificação de órfãos e na busca de famílias de crianças encontradas sozinhas após o abalo.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) pede que os países suspendam temporariamente a repatriação de haitianos, assim como fizeram os governos dos Estados Unidos e da República Dominicana.

Mortos podem chegar a 100 mil

O total de mortos do devastador terremoto no Haiti pode ficar entre 50.000 e 100.000, disse a Organização Pan-Americana de Saúde.

"Uma variedade de fontes estão estimando os números entre 50.000 e 100.000", disse Jon Andrus da PAHO, filial da Organização Mundial de Saúde nas Américas, em uma coletiva de imprensa.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estimou nesta sexta-feira que aproximadamente 300 mil pessoas perderam suas casas no terremoto de magnitude 7 na Escala Richter que atingiu o Haiti na terça-feira. Segundo a entidade, uma em cada dez casas da capital, Porto Príncipe, ficaram destruídas.

A ONU informou que a comunidade internacional já se comprometeu a enviar US$ 268,5 milhões em auxílio às vítimas. Aproximadamente 3,5 milhões de pessoas vivem em áreas atingidas por "fortes tremores" no país, que tem 9 milhões de habitantes.

"A população estimada de Porto Príncipe é de 2,8 milhões, com aproximadamente 3,5 milhões de pessoas vivendo em áreas afetadas por fortes tremores", afirmou uma porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU. Várias equipes de resgate estão chegando ao Haiti, mas elas enfrentam um cenário de insegurança, obrigando que o trabalho seja paralisado durante a noite por causa da falta de armas ou de guardas.

"Nosso maior problema é a insegurança. Ontem (quinta-feira) eles tentaram roubar alguns de nossos caminhões. Hoje (sexta-feira), nós mal pudemos trabalhar em alguns lugares por causa disso", disse Delfin Antonio Rodríguez, chefe da Defesa Civil e comandante de resgates da vizinha República Dominicana. "Há saques e pessoas com armas por aí, porque esse país é muito pobre e as pessoas estão desesperadas.

Demora

Ao mesmo tempo, os haitianos enfrentam uma situação de desespero por causa da demora na chegada do auxílio. Vítimas do terremoto chegaram a fazer um protesto contra esses atrasos, usando cadáveres para bloquear ruas da capital. Equipes de resgate de República Dominicana, Venezuela, Estados Unidos, França e Bolívia estão entre as primeiras a chegar para ajudar os haitianos. A estimativa é de que dezenas de milhares de pessoas tenham ficado sob os escombros em Porto Príncipe.

Rodríguez lembrou que outro grande problema é a falta de hospitais em funcionamento, já que vários foram destruídos. De acordo com ele, será necessário montar um grande hospital de campanha para atender os vários feridos, mas que no momento era impossível construir um. "Nós podemos fazer isso durante a noite e pela manhã ele já terá sumido", disse ele, temendo os saques

O cenário de insegurança é tal que equipes estavam abandonando o trabalho conforme o sol se punha, mesmo que estivessem no meio de alguma operação de resgate. Em 24 horas, a equipe dominicana resgatou 17 sobreviventes e dezenas de corpos do prédio do Parlamento. Entre os mortos havia 20 senadores haitianos.

Brasileiros

O estado de saúde dos 16 militares brasileiros que regressaram nesta sexta (15) do Haiti é bom, na avaliação dos médicos do Exército. Após desembarcarem na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, os militares foram levados para o Hospital de Área de São Paulo, na capital paulista.

Entre os feridos, há casos de fraturas e escoriações. Os militares passarão por um rastreamento para verificar traumas cranianos e farão tomografia e exames de sangue.

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