As novas lideranças do Quirguistão deram prazo, nesta terça-feira, ao presidente deposto Kurbanbek Bakiyev para se entregar até o final do dia, caso contrario será deflagrada uma operação especial contra o local onde esta abrigado no sul do país.
Depois da ameaça, Bakiyev convidou o governo interino para um diálogo e disse que renunciaria se recebesse condições de segurança, para ele e sua família.
Bakiyev fugiu da capital Bishek para a região de Jalalabad, na Ásia Central, depois que tropas atiraram contra manifestantes no dia 7 de abril, incitando uma insurgência que levou a oposição ao poder.
Bakiyev, que assumiu o poder cinco anos atrás na "Revolução da Tulipa" que depôs o primeiro líder pós-soviético do país, Askar Akayev, alertou ao governo interino autoproclamado que qualquer tentativa de detê-lo resultaria em derramamento de sangue.
"Nós abolimos a imunidade do presidente... Esperamos que ele compareça voluntariamente (para renunciar formalmente). Mas ele continua encorajando seus defensores em Jalalabad", disse Azimbek Beknazarov, o ministro interino encarregado da segurança.
Ao menos 82 pessoas morreram e centenas ficaram feridas durante os tiroteios do dia 7 de abril.
Bakiyev vem reunindo apoio no sul e ignorou as demandas do governo interino de renunciar ou deixar o país, organizando uma manifestação na cidade de Jalalabad nesta terça-feira.
Cerca de 3 mil pessoas se reuniram, agitando bandeiras e gritando "abaixo o sangrento governo interino".
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