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Colômbia

Governo Duque relaciona tumultos e violência na Colômbia à ação de gangues

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Ministro da Defesa da Colômbia, Diego Molano (Foto: Reprodução/Twitter/@Diego_Molano)

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Ao menos 30 civis e 16 policiais ficaram feridos nesta terça-feira (4) em mais uma noite de confronto entre manifestantes e policiais em Bogotá, na Colômbia. Segundo as autoridades locais, 25 centros policiais foram vandalizados, sendo que um deles foi incendiado com dez policiais dentro – cinco deles ficaram feridos. Vários comércios e ônibus foram vandalizados, o que prejudicou o transporte na capital colombiana nesta quarta-feira. Em outros locais da cidade, policiais lançaram bombas de efeito moral e balas de borracha contra manifestantes.

Noites violentas também têm sido registradas em Cali, Medellín e outras grandes cidades da Colômbia na última semana.

O presidente da Colômbia, Iván Duque, relacionou a violência observada em Bogotá a ações de grupos criminosos. "Esta noite Bogotá sofre ataque do crime organizado que está sendo confrontado por nossas forças públicas. Rejeitamos enfaticamente esses ataques contra membros da @PoliciaColombia. Todo o peso da lei para quem persiste na violência!", tuitou na madrugada desta quarta-feira.

"A Colômbia enfrenta uma ameaça terrorista, as organizações criminosas estão por trás dos atos violentos que maculam o protesto pacífico. São atos premeditados, organizados e financiados por grupos dissidentes das FARC e do ELN”, disse Diego Molano, ministro da Defesa, no fim de semana.

Protestos contra uma reforma tributária proposta pelo governo começaram há uma semana no país. Ao menos 19 pessoas morreram, dezenas estão desaparecidas e mais de 800 ficaram feridas – 300 civis – neste período, em confrontos entre manifestantes e policiais. A reforma acabou sendo arquivada, mas os protestos continuaram, agora pedindo pelo fim da violência policial.

Uma organização de direitos humanos denunciou a morte de oito manifestantes supostamente atacados pela polícia e informou que recebeu quatro denúncias de violência sexual por membros das forças de segurança. O diretor da Polícia, major general Jorge Luis Vargas, disse que as mortes e as denúncias de agressão estão sendo investigadas, inclusive para averiguar se policiais tiveram responsabilidade pelos crimes.

O presidente Iván Duque amuniciou a criação de uma comissão para "ouvir os cidadãos", composta por membros da esfera pública, de partidos, do setor privado e sociedade civil, a fim de "construir soluções para o país".

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