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Uma equipe formada por duas assistentes sociais e uma psicóloga da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres viaja na tarde desta segunda-feira (4) para o Suriname. O objetivo é examinar as 20 mulheres que afirmam ter sido vítimas de estupro e outras formas de violência sexual durante o ataque contra brasileiros ocorrido em uma região de garimpo no país vizinho. A partir dessas avaliações, serão enviados médicos.

A subsecretária de Enfrentamento à Violência da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Aparecida Gonçalves, disse à Agência Brasil que o trabalho das assistentes sociais e psicólogas é a primeira etapa das atividades.

"Precisamos saber quais são as necessidades e dar o atendimento a essas mulheres. Elas precisam ser avaliadas e conforme cada situação será enviado um médico", disse a subsecretária. "As vítimas de violência sexual precisam de um acompanhamento psicológico porque o trauma é muito grande."

Depois dessa primeira avaliação, segundo Aparecida Gonçalves, a secretaria e a Embaixada do Brasil analisarão se será necessário encaminhar médicos para o Suriname. Os médicos, se forem enviados, farão um trabalho de contracepção ao prescrever a pílula do dia seguinte e exames para verificação de aids e outras doenças sexualmente transmissíveis e aids.

Há pouco mais de uma semana, as autoridades do Suriname mantêm o reforço do policiamento na região de Albina (localizada a 150 quilômetros de Paramaribo, capital do Suriname), onde houve o ataque a brasileiros na véspera do Natal e também pelo interior do país vizinho.

No último dia 24, os chamados "marrons" – quilombolas surinameses, descendentes de escravos, que mantêm suas tradições e leis próprias – atacaram brasileiros, chineses e javaneses com agressões físicas, estupros e depredações.

Por determinação da Embaixada do Brasil em Paramaribo, os brasileiros foram retirados da região de Albina. A maioria está hospedada em quatro hotéis na capital do Suriname, alguns foram para casa de amigos e um pequeno grupo retornou ao Brasil. De acordo com relatos, em Paramaribo, os brasileiros podem andar pelas ruas e frequentar o comércio, sem ameaças.

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