O ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, confirmou nesta terça-feira (13) a detenção em Cuba da jornalista Camila Acosta, correspondente na ilha do jornal espanhol ABC, e cobrou a libertação da profissional.
O chanceler se manifestou através de uma postagem no Twitter, em que defendeu o direito dos cubanos de se manifestaram "livremente e pacificamente", cobrando que as autoridades do governo do país da América Central respeitem os atos.
A Federação de Associações de Jornalistas da Espanha (Fape) também exigiu a libertação da profissional do ABC, que foi detida por "informar sobre as manifestações de protesto que estão se desenvolvendo na ilha caribenha".
A Fape ainda exigiu a retirada de todas as acusações contra Acosa, que pode ser condenada em Cuba por crimes contra a segurança de Estado, e pediu que o Executivo espanhol acompanhe a situação e faça a intervenção necessária para que a jornalista seja libertada.
Além disso, a entidade condenou as agressões e as prisões de outros jornalistas na ilha caribenha, que foi palco de manifestações populares neste domingo.
Um dos que sofreram violência foi o fotojornalista espanhol Ramón Espinosa, que trabalhar para a agência de notícias americana Associated Press, confirmou a Fape.
Acosta, que se define no perfil que mantém no Twitter como "jornalista independente cubana", foi detida ontem pela polícia política cubana, ao sair de casa.
Foram levados os equipamentos de trabalho, como o computador dela. As autoridades a acusaram de crime contra a segurança do Estado, o que habitualmente é imputado a dissidentes do regime de Cuba, segundo publicou o ABC.