O Ministério das Relações Exteriores da França anunciou na manhã desta terça-feira (1º) a retirada de seus cidadãos do Níger, que já foi uma colônia francesa, após o início de uma crise diplomática provocada pelo golpe de Estado instaurado no país, na última quarta-feira (26).
A junta militar, que derrubou o presidente Mohamed Bazoum, acusou o governo francês de tentar intervir militarmente no país para restaurar a democracia.
Países vizinhos como o Mali e Burkina Faso defenderam que qualquer forma de intervenção no Níger seria uma guerra declarada aos próprios países africanos.
Com o fechamento do espaço aéreo, o ministério informou que está à disposição dos cidadãos franceses que procurarem ajuda para deixar o território.
Desde a tomada do poder, na última quarta-feira (26), o país africano vive uma onda de tensões diplomáticas, em especial com os Estados Unidos e Europa.
No final de semana, manifestantes se reuniram nas ruas da capital Niamey em apoio ao golpe militar. O momento foi marcado por bandeiras russas levantadas por apoiadores e críticas à tentativa de intervenção francesa e da União Europeia.
A junta declarou que o novo líder do país é o general Abdourrahmane Tiani, comandante da Guarda Presidencial. O presidente deposto continua detido na sede do governo.
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