Cartaz com instruções foi espalhado por locais públicos de Paris| Foto: /Reprodução

O governo francês publicou nesta sexta-feira (4) um guia sobre como sobreviver a um ataque terrorista acompanhado de um aviso do primeiro-ministro, Manuel Valls, de que as pessoas devem aprender a viver com o risco de possíveis atentados.

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As instruções, que foram disponibilizadas em forma de cartuns na internet e em locais públicos, recomenda três respostas chaves: fugir, esconder-se e “tocar o alarme”.

A campanha é lançada três semanas após os atentados terroristas que mataram 130 pessoas e deixaram centenas de feridos em Paris.

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“Há uma última ameaça que nós vamos ter que aprender a conviver”, disse o primeiro-ministro à emissora de TV BFM.

A primeira instrução básica que o guia oferece é fugir imediatamente do local onde há perigo para um lugar mais seguro. Outras indicações são apagar as luzes e colocar um sofá bloqueando a porta de entrada da casa para, depois, chamar os serviços de emergência e segurança.

Segundo o comunicado, um dos passos mais recomendados, que podem ser cruciais, é tirar o som do telefone e evitar o modo vibratório, para que ele não toque e chame a atenção de terroristas.

Café reabre

O primeiro dos alvos dos atentados coordenados em Paris de 13 de novembro retomou as atividades nesta sexta-feira. “É hora de se recompor novamente, unir-se, seguir em frente e não esquecer”, diz a mensagem em um quadro na entrada do café A La Bonne Bière, onde cinco pessoas morreram.

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Audrey Bily, gerente do estabelecimento, afirmou que as paredes do local foram repintadas e “o estigma desse pesadelo” foi removido. Em discurso a clientes e à imprensa, ela disse que era o momento para se recuperar.

“Queremos ensiná-los que somos mais fortes que eles”, disse a gerente. “O café La Bonne Bière é um lugar de encontro, intercâmbio e participação. Esse é nosso objetivo hoje.”, completou

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As vítimas dos atiradores na noite de sexta-feira do dia 13 de novembro estavam na varanda quando foram atingidas pelos tiros dos fuzis AK-47 dos atiradores. O local foi um dos seis restaurantes que foram alvos dos terroristas.

A expectativa é que os locais reabram em breve à medida que a cidade retoma a normalidade após o episódio. Os gerentes da sala de espetáculos Bataclan, onde 90 pessoas morreram, afirmaram no início da semana que esperam reabrir o espaço até o final do ano que vem.

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Além das perdas humanas, o impacto na economia da capital francesa foi significante após os ataques, mas o Banco Central da França afirmou que “provavelmente será transitório”. A receita de hotéis na região caiu cerca de 50% nas semanas seguintes, segundo a associação Câmara do Comércio.

O ministro das Finanças da França, Michel Sapin, afirmou esta semana que os agressores gastaram cerca de 20 mil a 30 mil euros na elaboração e no equipamento para os atentados.