Paris - A França afirmou ontem que os insultos na imprensa estatal iraniana contra a primeira-dama Carla Bruni são inaceitáveis. Um diário e um site do país persa afirmaram que Carla era uma "prostituta italiana" e "merecia a morte".
"Os insultos no jornal Kayhan e lançados por sites iranianos contra várias figuras francesas, incluindo a senhora Carla Bruni-Sarkozy, são inaceitáveis", afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. "Nós estamos tornando essa mensagem conhecida através dos canais diplomáticos normais", complementou o porta-voz.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã criticou a mídia nacional pelos ataques, feitos após Carla Bruni demonstrar seu apoio a Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento no Irã. "Insultar funcionários de outros países e usar palavras indecentes não é algo endossado pela República Islâmica do Irã", afirmou um porta-voz do ministério. "Nós não acreditamos que o uso de palavras indecentes e insultantes seja uma atitude correta", notou o funcionário. "A mídia pode criticar as políticas hostis de outros países, mas evitando o uso de palavras insultantes. Isso não é correto."
No sábado, o jornal linha-dura Kayhan fez um duro ataque à mulher do presidente francês, Nicolas Sarkozy. Com o título "Prostitutas francesas entram em rebuliço pelos direitos humanos", o diário criticava a primeira-dama e a atriz francesa Isabelle Adjani por apoiarem Sakineh.