O governo interino da Líbia prometeu nesta quinta-feira não retirar a participação acionária do país no banco italiano UniCredit, além de honrar as licenças bancárias concedidas no deposto regime de Muammar Gaddafi.

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O governo líbio tem cerca de 7,5% das ações do UniCredit. Questionado sobre o assunto, Wafik Shater, funcionário do setor financeiro do Conselho Nacional de Transição (CNT), disse a jornalistas em Trípoli que "todas as participações acionárias permanecem como tal no momento".

"Somos um governo provisório, não vamos tomar grandes decisões", afirmou. "Todos os sócios estrangeiros de bancos líbios que esteja operando na Líbia terão seus acordos honrados."

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O UniCredit foi o primeiro banco estrangeiro autorizado a operar na Líbia, em agosto de 2010.

Uma fonte próxima ao assunto disse que o UniCredit foi autorizado a abrir agências em sociedade com uma instituição local, mas que suas operações ainda não tiveram início.

O Banco Central líbio, sob controle dos novos líderes do país, disse também nesta quinta-feira que seu patrimônio está intacto e que não há problemas de liquidez, graças à entrega de um lote de cédulas impressas na Grã-Bretanha.

O BC também afirmou ter vendido 29 toneladas de ouro para arcar com os salários de funcionários públicos em abril e maio. A venda, feita a comerciantes da própria líbia, foi em dinares líbios, segundo funcionários.

"Nenhum dos bens do Banco Central Líbio foi furtado, seja ouro ou outros", disse a repórteres o novo diretor da instituição, Gassem Azzoz, acrescentando que se Gaddafi retirou ouro do país, não foi dos cofres do BC.

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