O gabinete de segurança israelense aprovou na quarta-feira a manutenção das ações militares na Faixa de Gaza, mas decidiu contra uma ofensiva em grande escala como reação aos disparos de foguetes palestinos, segundo fontes políticas.
Essas fontes disseram que os militares continuaram caçando os esquadrões lança-foguetes e tentarão evitar o contrabando de armas do Egito para a Faixa de Gaza. Não houve votação.
Alguns ministros queriam que o governo tomasse medidas mais duras para conter os foguetes, que ameaçam a população de cidades e aldeias israelenses próximas a Gaza.
Mas a ofensiva plena acarretaria riscos políticos para o primeiro-ministro Ehud Olmert, cuja popularidade despencou depois da guerra deste ano contra o Hezbollah no Líbano.
Ciente do escrutínio internacional sobre as operações de Israel em Gaza, Olmert na semana passada aparentemente descartou a ofensiva, argumentando que os foguetes palestinos não parariam de repente.
Essas armas cada vez mais sofisticadas, normalmente feitas em pequenas metalúrgicas, mataram dois israelenses na última semana.
Militantes dizem que os mísseis são uma resposta aos ataques do Exército israelense, inclusive ao incidente de 8 de novembro que matou 19 civis em Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza. Israel disse que se tratou de um acidente.
Fontes políticas disseram que o ministro da Segurança Pública, Avi Dichter, insistiu em uma ofensiva maior, mas que o general Dan Halutz questionou o que aconteceria em seguida. ``É preciso haver um horizonte (diplomático)'', afirmou o general, segundo uma fonte.
Outras fontes disseram que algumas autoridades cogitam um acordo com mediação internacional para suspender os combates e possivelmente permitir o envio de tropas de paz estrangeiras a Gaza, mas que a discussão ainda está em estágios muito preliminares.
Em novos confrontos, forças israelenses apoiadas por tanques e blindados mataram um militante armado da facção governista palestina Hamas no norte da Faixa de Gaza, segundo fontes de um hospital palestino.
O Exército disse que um soldado ficou moderadamente ferido ao ser atingido por um foguete antitanque perto de Beit Hanoun.
Vários outros palestinos ficaram feridos, inclusive duas estudantes atingidas por disparos israelenses em Beit Hanoun, segundo o hospital local.
Os militantes já lançaram mais de 100 foguetes caseiros contra Israel desde o ataque a Beit Hanoun, há duas semanas. Vários deles caíram na quarta-feira, inclusive um perto de uma escola em Sderot, onde os dois israelenses haviam sido mortos na semana passada.
Soldados e colonos israelenses deixaram a Faixa de Gaza no ano passado, mas os militares retomaram as operações terrestres depois que militantes sequestraram um soldado israelense na fronteira, em junho.
Israel já matou mais de 370 palestinos em Gaza, cerca de metade dos quais civis, desde o início da ofensiva, segundo fontes hospitalares e moradores. Três soldados israelenses foram mortos.
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