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Paraguai

Governo Lugo inicia atendimento gratuito em hospitais públicos

Serviço gratuito nos hospitais públicos vai diminuir o índice de 38% da população que não vai aos centros médicos pela falta de dinheiro | Victor Ruiz Caballero / Reuters
Serviço gratuito nos hospitais públicos vai diminuir o índice de 38% da população que não vai aos centros médicos pela falta de dinheiro (Foto: Victor Ruiz Caballero / Reuters)

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, cumpriu uma de sua promessas de campanha. A partir desta segunda-feira (15), o atendimento médico à população é gratuito nos hospitais públicos.

O diretor de hospitais do Ministério da Saúde Pública, Digno Gamarra, confirmou a jornalistas que "o atendimento ambulatorial em consultórios e o ingresso em salas de emergência são gratuitos".

"O governo do presidente Lugo recebeu um dado alarmante: 38% da população pobre não vai aos centros de atendimento estatais porque não tem dinheiro", afirmou Gamarra. Segundo o funcionário, a taxa por consultas era de apenas 10 mil guaranis (R$ 4,50), mas os mais pobres não tinham nem mesmo esse valor. "Então resolviam não enviar seus filhos aos hospitais, porque destinavam essa soma à compra de alimentos."

Ainda segundo Gamarra, será feito um levantamento sobre as enfermidades mais comuns e implementado um plano de entrega gratuita de medicamentos aos mais pobres.

Além disso, o governo afirmou que buscará melhorar outros problemas da saúde pública paraguaia. Muitos médicos, por exemplo, se recusam a trabalhar no interior do país. Além disso, muitos enfermeiros foram viver na Espanha e na Itália, em busca de melhores condições de vida.

Sementes

A Federação Nacional Campesina, cujos integrantes cultivam sobretudo trigo, comandou nesta segunda-feira um protesto, com bloqueios temporários de várias rodovias. Os manifestantes pedem ao governo que entregue gratuitamente sementes, para o início do cultivo anual desse cereal.

O Ministério da Agricultura afirmou que as sementes devem ser adquiridas de empresas privadas. O secretário-geral da federação, Odilón Espínola, disse que "o governo deve dirigir a produção de trigo, porque é um produto agrícola que ocupa muita gente humilde". As informações são da Associated Press.

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