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Base das forças de paz das Nações Unidas no Líbano (Unifil) no distrito de Ebel El Saqi Marjeyoun, no sul do país
Base das forças de paz das Nações Unidas no Líbano (Unifil) no distrito de Ebel El Saqi Marjeyoun, no sul do país| Foto: EFE/EPA/STRINGER

O Ministério das Relações Exteriores da França convocou o embaixador israelense em Paris nesta sexta-feira (11), após o novo ataque sofrido pela missão de paz da ONU no sul do Líbano (Unifil), o qual o governo francês condenou com firmeza.

“Esses ataques constituem graves violações do direito internacional e devem cessar imediatamente”, disse um porta-voz diplomático francês, que buscará explicações de Israel por meio do embaixador.

O porta-voz considerou os ataques israelenses contra a Unifil como “deliberados” e lembrou que dois capacetes azuis foram feridos, um deles em estado crítico, em um balanço ainda provisório.

“As autoridades israelenses devem dar explicações. A França está, portanto, convocando o embaixador israelense na França para o Ministério hoje”, acrescentou o porta-voz.

“A França lembra que a proteção dos capacetes azuis é uma obrigação de todos. Cada parte deve respeitar essa obrigação e permitir que a Unifil continue a cumprir seu mandato, o que inclui respeitar sua liberdade de movimento”, enfatizou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

Mais cedo, a Unifil havia informado que dois soldados de manutenção da paz ficaram feridos “depois de duas explosões ocorridas perto de uma torre de observação” e atribuiu responsabilidade às Forças de Defesa de Israel (FDI).

As FDI informaram no X nesta sexta-feira que soldados “operando no sul do Líbano identificaram uma ameaça imediata contra eles”.

“Os soldados responderam com fogo contra a ameaça. Uma análise inicial indica que durante o incidente, um disparo foi identificado em um posto da Unifil, localizado a aproximadamente 50 metros da fonte da ameaça, resultando em ferimentos em dois funcionários da Unifil. Horas antes do incidente, as FDI instruíram o pessoal da Unifil a entrar em espaços protegidos e permanecer lá. Esta instrução estava em vigor no momento do incidente”, informaram as forças de Israel.

Na quinta-feira (10), as FDI haviam acusado o grupo terrorista libanês Hezbollah de operar perto de postos das forças da Unifil e reconhecido ter feito disparos perto de outra base da missão em Naqoura, onde dois soldados indonésios da missão ficaram levemente feridos.

“Nossas tropas atuaram na região de Naqoura, próximo a uma base da Unifil. Nós instruímos as forças da ONU a permanecerem em locais protegidos, e depois as forças abriram fogo”, informaram em comunicado as FDI.

A rusga entre o governo do presidente francês, Emmanuel Macron, e o do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, ocorre num momento em que Paris questiona a ofensiva de Israel no Líbano e ameaça impor um embargo no fornecimento de armas.

Na segunda-feira (7), o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, defendeu em uma coletiva de imprensa realizada após se encontrar com seu homólogo israelense, Israel Katz, em Jerusalém, que o embargo de armas a Israel visa garantir a “segurança do país e de seus cidadãos”.

Quando Macron propôs a ideia, no fim de semana passado, Netanyahu respondeu que Israel “vencerá com ou sem o seu apoio”.

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