O governo da Argentina revisará todas as contratações da administração pública e a situação dos trabalhadores do Estado, exigindo o comparecimento integral dos funcionários públicos, anunciou nesta segunda-feira (11) o porta-voz da presidência, Manuel Adorni.
O anúncio foi feito depois que o presidente argentino, Javier Milei, reuniu membros de seu gabinete, a vice-presidente, Victoria Villarruel, e outras autoridades.
“Não só se falou em fazer um inventário geral, mas também um inventário da situação de todo o pessoal da administração. Vamos revisar todos e cada um dos contratos, em virtude de terem sido encontradas admissões irregulares em cada um dos contratos em vigor nos ministérios e nas universidades”, disse Adorni, em sua segunda reunião do dia com a imprensa.
Além disso, Adorni antecipou algumas das medidas que o novo ministro da Economia argentino, Luis Caputo, anunciará amanhã em seu primeiro pacote de medidas como membro do gabinete de Milei.
“Ele estará alinhado com um forte corte fiscal, alguma expansão dos gastos sociais e uma remoção de privilégios que o presidente Milei ordenou que fossem realizados com urgência”, disse o porta-voz.
Adorni afirmou que a forte crise econômica na qual a Argentina está mergulhada tem um caráter “histórico e recorrente”.
“De vez em quando, entramos em uma crise hiperinflacionária e em uma crise da dívida. Quando você gasta mais do que tem, isso leva a emissões [de moeda], que levam à inflação, e é isso que temos agora”, disse o porta-voz do novo governo argentino.
No domingo (10), em seu primeiro discurso como presidente, Milei reafirmou suas intenções de realizar um forte ajuste econômico na administração pública da Argentina.
“Não há dinheiro”, declarou o presidente sob os aplausos de seus partidários, alguns deles com bichos de pelúcia e brinquedos em forma de motosserra, símbolo usado por Milei para se referir ao corte de gastos públicos.
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