O governo de Javier Milei classificou o violento protesto de esquerdistas ocorrido nesta quarta-feira (12) em frente ao Congresso da Argentina como uma “tentativa de golpe de Estado” perpetrada por “grupos terroristas”.
A afirmação veio à tona por meio de uma publicação nas redes sociais do Gabinete do Presidente, que também parabenizou no post as Forças de Segurança do país pela “sua excelente atuação” na repressão aos manifestantes violentos, que, segundo o governo, estavam “armados com paus, pedras e até granadas”.
“O Gabinete do Presidente parabeniza as Forças de Segurança por sua excelente atuação ao reprimir os grupos terroristas que, com paus, pedras e até granadas, tentaram perpetrar um golpe de Estado, atentando contra o funcionamento normal do Congresso Nacional”, escreveu.
Nesta quarta-feira, manifestantes esquerdistas convocados pelo núcleo duro do kirchnerismo e pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), o sindicato peronista, decidiram ir para frente do Senado da Argentina protestar contra a aprovação do projeto de Lei de Bases de Milei, que propõe a desregulamentação da economia e um forte ajuste fiscal.
O protesto escalou e se tornou em uma grande baderna, com esquerdistas incendiando um carro da imprensa e atacando policiais com coquetéis molotov. Os agentes revidaram soltando bombas de efeito moral, usando jatos de água e até gás de pimenta.
A manifestação não atrapalhou o funcionamento do Senado, que segue discutindo neste momento o projeto enviado pelo governo libertário.
Segundo informações do Clarín, em um discurso na Fundação Libertad y Progreso, Milei acusou o kirchnerismo de "fomentar um plano desestabilizador na Argentina". O presidente também acusou a oposição de querer “jogar mortos nas ruas” como tática política.
Ao falar sobre os protestos, Patricia Bullrich, ministra da Segurança, ecoou o tom do governo. Em publicações nas redes sociais, Bullrich disse que os responsáveis pelos atos de violência “pagarão um por um” pelos danos causados, incluindo ao carro incendiado da rádio Cadena 3.
Com uma postura firme, a ministra de Milei reiterou que, sob a gestão atual, “quem comete infrações, paga”.